✝️ A Tradição da Santa Cruz: Fé que enfeita e protege
Todo ano, no dia 3 de maio, se vê as cruzes espalhadas pelas cidades ganharem vida com enfeites coloridos, flores, fitas, papel de seda, chita e muito carinho. É o Dia da Santa Cruz, uma tradição antiga que ainda vive forte em muitos lugares.
Dizem que tudo começou lá pelo século IV, quando a mãe do imperador romano Constantino, chamada Santa Helena, teria encontrado em Jerusalém a cruz em que Jesus foi crucificado. Isso marcou tanto a história da fé cristã que a cruz virou sinal de esperança, proteção e salvação.
Com o tempo, essa devoção chegou ao Brasil junto com os padres jesuítas e os primeiros colonizadores. Quando fundavam um povoado, a primeira coisa que faziam era levantar uma cruz no centro (os chamados “Cruzeiro”), pedindo a bênção de Deus para aquele lugar. Nas roças, nas casas, nos caminhos… a cruz passou a ser sinal de fé e de confiança.

Enfeitar a cruz é um ato de devoção, um jeito simples de mostrar amor, respeito e fé. É dizer: “Jesus, você é bem-vindo aqui!”. Colocar a cruz enfeitada na porta de casa, no quintal, ou na praça do bairro é uma forma de pedir proteção para a família, os animais, a lavoura e para todos que passam.
Na Igreja, esse dia lembra a descoberta da Cruz de Cristo, mas também aponta para um outro momento importante: no dia 14 de setembro, se celebra a Exaltação da Santa Cruz, lembrando que foi nela que Jesus venceu o mal e nos trouxe vida nova.
A cruz, que antes era símbolo de sofrimento, virou sinal de amor, vitória e salvação. Ela mostra o caminho de Jesus: amar a Deus (vertical) e amar o próximo (horizontal). Por isso, como cristãos, somos chamados a carregar nossa cruz todos os dias — com fé, coragem e amor. Com este sinal, venceremos!